Você que começou a ler isto neste instante, porque está aqui?  Por quê algo o trouxe neste assunto? Neste tema? Já se perguntou isso alguma vez?

Pois bem, mesmo que algo no decorrer do texto não for de acordo com o que pensa, apenas leia até o final.

– Já reparou que durante a sua existência tudo que faz o leva para um mesmo lugar? Calma, vou explicar! Você não está andando e andando sem sair do lugar, não é isso, mas digamos que existe um ponto de partida, sempre houve e ele te persegue a muitos e muitos anos. Lugares e pessoas que te levam para o mesmo ponto inicial e costumo chamar este lugar de “essência”. Não há como fugir dela e sinto que você já está sabendo onde eu vou chegar.

– Quando viemos para este mundo, é como se fossemos equipados com uma espécia de imã, de radar, de energia que sempre, mas sempre vai nos conectar a fonte de nossa essência. Logo então os que a possuem também são atraídos para nós e nós a eles. Só que por fim, acabamos trazendo para junto outros que de nada tem haver com nosso mundo interior, mas o delas de alguma forma carece de algo do nosso. E então acabamos nos tornando também o “tapa buraquinhos” da humanidade. Isso mesmo, atraímos também aqueles que necessitam de algo nosso e você acaba se vendo ter que decidir se vai ou não querer esta responsabilidade sobre o outro individuo.

– Quantas e quantas vezes do nada e até em situações nada haver, alguém começa a nos contar sobre sí mesmas? Desabafar algo? Não precisa nem nos conhecer para que isso aconteça. De repente, do nada, lá estamos nós sendo os ouvidos, o terapeuta, e o guru do lugar. As vezes até que com um tom de deboche, os outros nos impõe uma situação e você se sente constrangido. É o tipicamente; “Vê o que eu to sentindo”, “o que vai acontecer agora?”, ” vê se fulano de tal deseja algo ruim pra mim?”, ” vê se posso confiar em tal pessoa?”. Até chegar nos casos em que “amigos e conhecidos” se afastam de nós por receio de terem seus sentimentos expostos.  E sem dúvida nessas horas é que começamos a nos questionar se devemos ou não “comentar” com os outros sobre nossas habilidades. Pois de um lado temos a carga que nos colocam e a fé que depositam em nós de podermos ver algo além e ajuda-las, e do outro, os que “acham divertido” ter um amigo/parente assim e vai nos expor as mais diversas situações ridículas. Ah, tem também os céticos que não irão crer e mesmo que você prove, vai atribuir isto a algum fator cientifico e cognitivo, (que não deixa de ser também), mas nunca a algo extra-sensorial por assim dizer. Por fim há os religiosos do qual uns atribuirão tal fenômeno a um ser (do mal), e o pior deles ao meu ver, os ditos “espiritualizados” que na sua arrogância e prepotência sentem-se tão especiais que ninguém mais pode deter o conhecimento, somente eles. Esses tipos de empatas, ao meu ver são os mais propícios a leviandade, a se concorroperem e sair do caminho da luz, dando lugar apenas a própria voz do ego. O que é triste!

– Se você por algum motivo se indentificou com este último, e sei que se sim, você vai saber. Reflita qual o papel quer assumir, pois tudo que o afasta do amor, te faz sentir superior, e o afasta do ser “humano” que  também é (pois escolhemos estar nesta forma), não o torna especial, pelo contrário, o torna parte desde sórdido padrão que rege este mundo, o qual lutamos tanto para romper de vez.

– Mas voltando ao ponto inicial. Querendo ou não, somos notados, somos vistos. Não sei já jogaram algum jogo de RPG ou outro online, se não, algum que dê para comparar isso que vou dizer; Quando se está dentro dele e vai percorrendo o caminho, em alguns momentos um personagem da história passa por nós e somos atraídos para ele sem podermos fazer nada até que a fala dele acabe, ou pode ser também alguma porta, algum ponto de cura, ou um objeto que tenhamos que pegar na cena para poder continuar. Consegue fazer alguma analogia com isso ou qualquer outra coisa que conheça? Pois bem, nós somos os personagens daquela narrativa, a porta, o ponto de cura, o obejto necessário e etc.. Neste mundo, somos eles aceite você ou não. E enquanto estamos aqui é como se estivéssemos presos em uma realidade da qual não podemos sair e tenhamos que fazer algo por ela, por isso ficamos tão inquietos com as injustiças do mundo. Parece meio desanimador ver dessa forma, afinal, lutamos tanto para mostrar que somos seres ilimitados e que podemos evoluir, mas muitos de nós desanimam porque olham esta questão por um prisma material. Ou seja, sim, materialmente e orgânicamente estamos limitados e presos a determinadas leis, mas a mente e o espirito não, só que desde que nacemos fomos ensinados a ver as duas coisas separadamente, isso calcifica-nos. Não vemos que nosso corpo ôrganico é em si pura energia, que este corpo é o próprio espirito. Que não há espirito no corpo e sim corpo no espirito. Logo então aquelas filosofias bubistas, quânticas e até as naturalistas do “mente sã corpo são” , “seu estado de espirito reflete no seu corpo” ou ” seus pensamentos influênciam sua matéria”, passa ser tão mais próximas da verdade quanto outras, logo então, nós moldamos a realidade em que vivemos.

– O que eu quero dizer com tudo isso? Deve estar se perguntando, já que falei de tantas outras coisas fora do ponto inicial. Eu quis fazer uma linha de reflexões para levar para uma questão muito importante: O que fazermos com tudo isso?

Sabemos que o círculo nunca vai parar de girar, depois de nós outros virão e assim sucessivamente. A questão é quem você vai ser enquanto está aqui e que tipo de energia quer emanar pra si e qual quer transmitir. Eu sei que muitos de nós tem receios de se expor por questões que citei acima. Sei que muitos não compreendem a fonte do seu sofrimento interno, de suas angústias assim como muitos de nós se frustram por não poder fazer muito mais e sentem até que não estão fazendo nada, que existem por existir. Assim como sei que muitos ainda relutam, que preferiam não estar aqui, que sentem falta de um lugar que não sabem qual é mas sentem que é muito diferente deste. Mas sei lá, eu particularmente odeio imaginar que eu vim aqui para vivênciar as experiências só para mim, sem poder compartilhar nada. Sem contar que quanto mais guarda isso para si, mais isso te consome, tira de você o melhor lado de tudo que pode viver.

– Existem muitos outros como nós. E você sabe disso. Como também existem muitos que carecem de nós. Não tenham receios de se exporem por acharem que os que não entendem seu mundo o achará louco.  Se você busca uma mudança, ao meu ver ela só ocorrerá de vez neste mundo quando começar a falar sobre ela. Qual o sentido ter esta singularidade se for para se esconder por detrás dela? Pensem que se ELES o deram para nós, é justamente para abrirmos o caminho para as mudanças que já estão ocorrendo e com o tempo será ainda mais notável.
As grandes descobertas não teriam sido possíveis se os percursores delas ficassem com receio de mostrar “suas loucuras”. Alguns direitos humanos não teriam sido conquistados se houvesse tido o medo da rabelião. Algumas curas não seriam possíveis. Líderes relogiosos, profetas, seres de amor não teriam passado suas mensagens se não tivessem colocado suas faces à mostra. Quanto mais você se esconde, mais deixa os seres humanos viverem na ignorância. Quando temos “medo” de parecer loucos, estamos no fundo sendo egoístas, nos importando com a nossa imagem e nosso bem estar conveniente. Deixamos de passar adiante as mensagens, de olharmos para mundo com mais carinho e para o que ele precisa de fato. O julgamento alheio só existe porque não nos pré dispomos a falar sobre o assunto, a tornar os outros conhecedores dele também.

– Pense bem,  temos o dom de sentir o mundo, sentir o outro, ver o que ele precisa, saber sobre seus medos, angústias e até saber o que deve ser dito e não é fácil viver com esse dons mesmo. No entanto, deve aprender a administrar essa sensibilidade. Não deixe que as emoções negativas o desestabilizem e o façam sofrer ainda mais. É preciso conhecer a si mesmo e as suas capacidades para encontrar o seu equilíbrio e tudo isso só ocorre tendo experiências.

Não tenha medo! Aceite a sua essência. Eu por exemplo, sei que muitos irão discordar de mim nesta fala. Que defendem o “isso tem que ficar para você”. Mas sei lá, passamos a maior parte da nossa vida se vitimando, renegando o dom, pensando; ” ah como eu sofro por ser assim”, “ninguém vai me entender”, “o mundo é injusto”, “eu ajudo e não ganho nada em troca”. Enfim, são muitos os lamentos ao invés de aceitar o mais simples de tudo; o mundo é o que é, as pessoas são o que são e você é o que nasceu para ser! Se a sua natureza é o amor, é buscar o entendinento do mundo, não adianta fugir dele.

Devemos parar de se colocar como os seres que são incompreendidos e levar compreensão logo aos demais. Sem pensar se vão usar de deboche, se vão acreditar ou não, se irão te achar louco e esquisito. Até porque, se guardar para sí o tempo todo, se não conversar, se não expor, não vai ter a chance do retorno que isso tudo pode nos proporcionar que é, ver se estamos certos, corrigir os NOSSOS erros, analisar os outros e os contextos, ver os efeitos positivos E negativos de nossas palavras, conselhos e visões. Se você realmente se vê com um dom, que sente que pode ir além, só vai conseguir desenvolver com a prática, não trancado em seus livros/sites e canais do youtube.

– Se zombarem de você, não se importe. Se duvidarem, não se importe. Se te elegeram o guru da turma, e daí? Pare de sofrer com estas coisas pois você, só você sabe o aprendizado que está buscando. Sabe o caminho que quer seguir e se não sabe ainda, tá tudo certo também, porque na hora necessária você vai saber. Só não vai se estiver trancafiado dentro de sí mesmo e dentro do seu grupinho tão seleto. Aprendamos uma lei básica do universo; movimento gera movimento, respostas são dadas mediante a conflitos, a dúvidas, experiências reais e significativas. Você precisa agir na tua impolgação, naquilo que ama e sentiu que nasceu para fazer. Outra coisa, lembra quando eu disse de sermos atraído por algo? Bom, você só está na familia que está porque ali carece de você. Assim é os lugares por onde passa. Os empregos que nunca se encaixou, as rodinhas que de ti zombou, os meios religiosos que você nunca entendeu, o (a) nomorado (a) que nunca levou a sério os seus lamentos, enfim. Os lugares e pessoas que mais precisam de você é o que mais irá fazer parte da sua rotina acostuma-se de uma vez por todas! Você vai estar onde houver dor porque é lá que a esperança habita. E você é um ser de luz e a luz ilumina a escuridão. Não há outra função para ela. Você é um ser infinito, parte de tudo. Até pode optar em ficar com toda a sabedoria para você ou mostrar para quem “acha que merece”, mas sei lá, na minha opinião é um disperdício de potencial e este mundo precisa de nós. Mas se não quer nada disso, se não quer missão alguma, tá tudo bem também, está em seu direito inato. No entanto acho que mesmo que recuse, aquela voz que te segue desde criança sempre vai estar aos seus ouvidos e para mim, o sofrimento é muito maior quando a rejeitamos do que quando nos abrimos para ela e para todas a infinitas possibilidades que temos em nossas mãos.

Não sou bom em concluir textos, se deixar escrevo sem parar pois são muitas ideias. Mas sei lá, apenas reflitam  sobre onde querem estar, se querem um papel importante nisso tudo ou não, e estudem, busquem respostas, converse com outras mentes, vivam essa experiência de vida em todos os níveis e aspectos.

Gratidão a quem leu.