Você sentirá dor.
Você vai duvidar de si mesmo, centenas de vezes.
Eles vão te dizer que está ficando maluco.
Você vai duvidar de sua própria racionalidade.
Você perderá amigos. Perderá amores.
Sua família às vezes não vai te entender.
Você não vai se entender.
As pessoas vão te odiar sem motivo.
Te evitar sem motivos.
Você desenvolverá hábitos estranhos e peculiares.
Você vai lutar com seus monstros (medo, ego e ignorância porque você também os tem, não está livre de defeitos e vai ter que aprender com eles).
Não vai se importar com o que os outros pensam de você e vai seguir adiante.
Não vai se achar melhor que o outro por estar um pouco mais a frente.
Você vai sentir que não se encaixa neste mundo como nunca sentiu antes.
Você se tornará terrivelmente seletivo.
E na busca por evitar desgastes de energia desnecessária, vai anular situações, lugares e pessoas.
Mas isso te fará por vezes ou quase sempre, se sentir cada vez mais sózinho.
“Mas vai valer a pena, acredite!”
Ninguém acende fantasiando figuras de luz, seres cósmicos que te livram de todo o perigo e te revelam tudo sobre algo ou alguém, mas fazendo ciente da escuridão que nos rodeia e da que habita em nós. O verdadeiro despertar espiritual não é uma carícia, mas sim um balde de água fria. É um despir em plena luz do dia com graus a baixo de zero.
Quem dera fosse como um momento de meditação ouvindo seu mantra preferido em plena noite de lua clara.
Mas ele é um tornado em meio a calmaria, te joga, te estilhaça, para que você possa assimilar realmente o que é a EXISTÊNCIA.
O verdadeiro DESPERTAR ESPIRITUAL é um processo de destruição.
De DESCONTRUÇÃO.
É o desmoronamento de tudo o que VOCÊ NÃO É, para RECOSNTRUIR-TE em um novo DESPERTAR.