Wesley Diniz
O que é belo não acaba, torna-se uma beleza ainda mais rara.
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A Dança da Morte

Na vastidão da vida, o mistério se insinua,

A morte, sombra fria, sempre à espreita, nua.

É o fim inevitável, destino a todos traçado,

No palco da existência, o ato final ensaiado.

 

Nos questionamos, seres efêmeros, por quê?

A morte, rude intrusa, que não poupa nem um só de nós.

É o último suspiro, o fim do nosso ser,

Na dança com o tempo, é o passo derradeiro que nos deixa sós.

 

Nas noites escuras, nossos pensamentos vagueiam,

Perguntas sem resposta, incertezas que nos rodeiam.

O que será de nós após a última despedida?

Seremos sombras, memórias, ou a eternidade da vida?

 

Às vezes, a morte nos parece cruel, injusta,

Roubando sonhos, amores, com sua foice áspera.

Mas talvez seja o portal, o início de outro lugar,

Ou apenas o vazio, o nada a nos esperar.

 

No entanto, no âmago dessa incerteza profunda,

Encontramos razão para viver, para amar, para sermos fecundos.

Pois na finitude da vida, o valor dela reluz,

E é na brevidade do tempo que encontramos nossa luz.

 

Aceitar a morte, mistério inescapável, é nossa busca,

Refletir sobre a vida, seus desafios, sua luta.

Na dança entre vida e morte, encontramos nosso caminho,

E enfrentamos o destino com coragem, mesmo sozinhos.

 

Assim, existimos entre sombras e luz,

Numa jornada que a todos conduz.

A morte nos recorda da nossa humanidade,

Mas é na vida que encontramos nossa verdadeira identidade.

Wesley Diniz
Enviado por Wesley Diniz em 26/09/2023
Alterado em 26/09/2023
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